sábado, 29 de dezembro de 2007

Whispering

Choro no meu canto, no meu grito de indigência e vontade de ter, como outrora te tive.
Cais-me das mãos. Cai-me tudo das mãos. Com elas te estendia a caixinha de sonhos em que te [me] trazia. Não sei já se sou só eu que me agarro ou se ainda me seguras. Caíste-me mas ainda te sustenho no peito, que ainda te respira e te anseia. Há vontades que falam mais alto. A vontade de te ter de volta grita. Mas ecoa nas paredes e volta a mim, tão veloz que me derruba, uma e outra vez. Não vás. Não…
Já foste.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

RENATO SAI DO MEU BLOG!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Há sons que já não ouço.

Há olhares;
há palavras;
há toques...

...mas não os senti iguais.


Tenho saudades do que eras, e do que éramos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Tanque [Ornatos Violeta]

Estranha forma de acordar
Que é estar pronto pra dormir
Abre a porta e vê se o mundo ainda é teu
Cedo vai-nos dar razão
Como a vida nos convém
Cedo irá arder nas minhas mãos

Não vejo um homem para trás
Não vejo medo para trás
Não vejo portas para trás

Meu mal é ver que eu vou bem

Todo o mal e todo o bem
Cedo voltará nós
Inocente e trágica lição
Se uma vida não chegar
Hei-de ter cem vidas mais
Quantas mais ditar o coração

Não vejo estrada para trás
Não vejo medo para trás
Não há mais nada para trás

Estranha forma de acordar
Que é estar pronto pra dormir
Abre a porta e vê se o mundo ainda é teu
Cedo vai-nos dar razão
Como a vida nos convém
Cedo irá arder nas tuas mãos

Meu mal é ver que eu vou bem

domingo, 7 de outubro de 2007

Post Novo

(Ideia do blog da Inês (Macedo), tirada do blog da Rita)

Este é o 'desafio da página 161' e estas são as regras:

1. Pegar no livro mais próximo
2. Abri-lo na página 161
3. Procurar a 5ª frase completa
4. Colocar a frase no blog
5. Não vale procurar o melhor livro que têm, usem o mais próximo
6. Passar o desafio a cinco pessoas.



Resultado:

"Seguem-no os que ficaram, e o temor
Lhe dá, não pés, mas asas à fugida."

-Batalha de Aljubarrota - Os Lusíadas
Luís de Camões


Ainda não a decifrei.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

as voltas. quadradas e redondas, de venda bem atada e sentindo em ti uma pele diferente todos os dias. demorei-me na decisão, e quando a acreditei já tomada, o meu pé não descolou. permaneceu atrás. e empurraste o outro para junto dele. recuei. não me permites avançar. não me permito. nem sei se um dia permitirei.


[post por acabar. unfinished business.]

sábado, 25 de agosto de 2007

http://cubiculos.wordpress.com/


4 vozes. 4 palavras. 4 vidas. Cubículos.


Aleera
Hinamotto
Ponto Final
Shech[q]o

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

post não artístico, apenas de auto-reflexão e uma ligeira conotação desopressiva

não me és. não me pertences. cruel, nocivo e pernicioso. quero abominar-te. e por vezes quase consigo. mas o teu cheiro permanece. demoras-te no meu mundo, sem saberes o quanto. quero-te fora dele. e outras vezes quero que entranhes. detesto que entres, que me faças querer que entres, e que queiras tu mesmo entrar. porque não sabes entrar. nem vens da forma que quero que venhas.


mostraste-me o melhor de mim, pare me dares a seguir o pior de ti. não me és. mas o teu cheiro permanece. infelizmente. não te encontro na razão. nem sabia que tinhas entranhado.

terça-feira, 21 de agosto de 2007



Is anybody out there?

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Exalto a minha frustração.

Ergo a minha fúria como uma bandeira de orgulho, com a diferença de que, a esse, não o encontro agora. Não encontro muita coisa, na verdade. e hoje, não defronto o que queria, porque não chega. Fui traída pelo meu querer e pelo meu achar.

Afinal não podia ser apenas simples.


[no more words found now]
um. contei-me. dois. contei-te.

um
dois
um
dois
um
dois
um
dois
um
um
dois
um
um
um
um
dois
um
um
um
um
um
um
um
um
um
um
um
um
...






"e a fúria de viver é a mesma fúria de acabar"

[125 azul]

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Tenho saudades de ser poeta!
[put my heart up and let it go]

sábado, 28 de julho de 2007

foo fighters-best of you




I've got another confession to make
I'm your fool
Everyone's got their chains to break
Holding you
Were you born to resist?
Or be abused?
Is someone getting
the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Or are you gone and on to someone new?
I needed somewhere to hang my head
Without your noose
You gave me something that I didn't have
But had no use

I was too weak to give in
Too strong to lose
My heart is under arrest again
But I'll break loose
My head is giving me life or death
But I can't choose
I swear I'll never give in
I refuse!


Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
Your trust?
You must confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?


Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
The life, the love you'd die to heal
The hope that starts the broken heart

Your trust? You must confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?


I've got a another confession, my friend
I'm no fool
I'm getting tired of starting again
somewhere new
Were you born to resist or be abused?


I swear I'll never give in - I refuse!


Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
Your trust?
You must confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?


sexta-feira, 27 de julho de 2007

ai!

SUA TCHONA!

SUA PITCHA!

CULO!

MARUFA!

AIXKIVAX!

JAMXKECI!

YA~! UOXINOXIKARÔÔ!


e é assim que tenho vivido... =)

AMO-VOS SUAS TCHONAS E PICHAS ESGROVIADAS!

posted by: Tchona Macarrona!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

AMANHÃ, SÁBADO, DIA 21 DE JULHO, ESPECTÁCULO DE DANÇA DA ACADEMIA CENTRO DO CORPO!

É FIXE, É BARIL! É IN! É UM MÁXIMO! É...É MAGIA! EU ESTOU LÁ! [que remédio...]. VENHA TAMBÉM!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

[Afinal] Não era poema.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Sexta- Feira, dia 13, 3:44 h.
Acho que me sinto bem.
Acho que me sinto livre.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

E PUM! LIFE PUNCHED ME!

Laços
corrompidos
talvez
perdidos
por aí.

Não
será
mais
o mesmo.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

“Não hei-de ser vulgar!”. Não quero ser mais uma.
Culpa, pena…penumbra
Ah! Quero mover-me mais depressa! Saber para onde vou!
O mundo está nas tuas mão! Devolve-mo! Se tiver que ser magoada, que não seja por ti.
E não, não vou por aí! Não quero ir por aí! Não me chamem! Não me chorem!
Quem chora hoje sou eu! E aclamo o meu nome! O teu, escrito em meus olhos, não é mais que uma mísera alucinação. Voltaste? Ah! Para mim não. Continuas lá. Eu haveria de sobreviver. Eu hei-de sobreviver. Move-te mais rápido se queres acompanhar-me. Vá, move-te. Eu vou hoje mover-me mais rápido! E sobreviver! E subitamente um pedacinho do Mundo já está nas minhas mãos.

Não, já disse que não! Nego-me a ir por aí. Afirmo-me. Não preciso, não quero que tentes salvar-me. Pesadelo? Não é um pesadelo. Eras tu, coisa. Mas deixarás de ser. Podes tocar-me. Mas não me farás fria como tu. Chove? Muito, ainda. Mas levantei um guarda-chuva. Ainda que rompido e rasgado, tenho-o, e vou usá-lo.

A tua imagem não é tua. E não te diz para onde ir. Não sou eu que estou perdida. És tu. Pára! De te agarrar a quem vês. Vê-te a ti mesmo, agarra-te a ti mesmo. Deixa-me. Deixa-nos. Liberta-te e liberta-nos. Se preferia não ter crescido, agora que não posso ser criança de novo, anseio crescer em liberdade, em espírito, engrandecer-me.

Nego-me por aí. Afirmo-me por aí.

Procura-te! Eu também me procurei.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Devolve-me a mim! Roubaste-me o meu mundo, e tens-no nas tuas mãos!
Vieste para assolar e aniquilar. Para que seres como eu se perdessem algures por aí!
Ah...mais que um mero mortal! Vieste para eu te querer! E eu quis-te! E agora quem se assola sou eu.

A canção repete-se, ao som de guitarras e tambores. Palavras nocivas. Actos nocivos.
Tremendo isolamento!

Comprimidos para a loucura? A alienação e insânia que se apossam de mim não advieram da minha tenra idade. Foste tu, coisa, doença cruel e pungente, que me concedeste a debilidade para me auto-reprimir e aquilatar.

E agora? Levaste-me contigo e já nem sabes onde me guardaste. Nem queres saber.

Segura-me. Ou então larga-me de uma vez.

domingo, 1 de julho de 2007

Why can't i be perfect?

...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

endereçado. "desde um dia"

a cidade está morta. escura, deserta, triste. e sobre ela nuvens negras. lembram-me sombras. tão escuras... e chove. se chove...que tempestade!. só não sei ainda se é lá fora ou CÁ dentro. nem sei se quero saber... talvez não seja importante. o que importa é que chove. e chove tanto que não posso sair de casa. nem mesmo abrir as janelas. estranho é que mesmo não saindo, sinto ao vendaval. sobretudo o vento. os ruídos que arrasta, a pressão que exerce. é forte! se é! quase me leva com ele. e sopra de todas as direcções. sim, acho que não é como pensei que seria. como me fizeram acreditar que seria. ou será que eu me fiz acreditar? não. fizeram-me acreditar.de qualquer forma, já não importa. continuo a tentar, mesmo sem acreditar. por isso não importa.

não despega.sempre. desde um dia. maldito dia. malditos meses. malditas conversas. tenho saudades, de qualquer forma. de muita coisa. até de acreditar, acho eu. mas tenho mais saudades da altura em que não acreditava, e não dava importância, em que nem chovia, até. em que via aquilo no olhar de outro alguém (que não tu. esse alguém sim, tinha brilho!) que, entretanto, vai desaparecendo.

sábado, 23 de junho de 2007

Enfim...


nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham! nham!


Chiclet.Ora bem, uma chiclete. Pode ser de morango, mentol, tutti-fruti,maçã, ou até coca-cola. E há ainda as do epá (como a que estou a mastigar agora). Há quem goste das de canela, mas eu cá detesto. As chicletes são engraçadas. Podemos mastigar (nao gosto da palavra mascar) durante horas, fazer bolinhas com elas, brincar, e depois... atiramo-as, deitamo-as fora. São descartáveis, no fundo.Usam-se e deitam-se fora. E depois avançamos para a próxima chiclet. Por vezes sinto-me um pouco como uma chiclet. De que sabor serei? Acho que sou de canela...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Acho que vou ter saudades até do Esquilo...

OLH'Ó ESQUILO!!!!!!!!!!!!!
FÉRIAS!

sábado, 26 de maio de 2007

entra!
há espaço p'ra ti.guardei-te um lugar.
não deixei mais ninguém entrar.estou à espera.
anda, entra!
porque não entras? não pediste que te reservasse um lugar?
então porque nao estás ca dentro ainda?
o espaço continua aqui...vazio, por preencher...destinei-o a ti. tu pediste!
e agora não entras? porquê?
encontraste vaga num outro coração?
mas e o meu?
eu guardei-te o lugar...

quinta-feira, 10 de maio de 2007



a agua caia na banheira, e saia pela torneira, fugindo.
os dias tinham passado, as palavras tinham-se esgotado...e com elas os sonhos.

os segredos que tinham inventado, as conversas que nao poderiam ter sido ouvidas por mais ninguem... o segredo que nao era segredo, era mito.
alguem que nao sabia amar tinha-os levado...e às palavras, e ao sonho!
palavras que nao podiam amar. nao tinham chegado.

doiam essas palavras. doia a falta dessas palavras.

a agua continuava a correr. os segredos a desvanecer. escapavam-se por entre as paredes, por entre as fendas do coração. essas fendas tao vulgarmente abertas e tao dificilmente remendadas.

mudar de casa, mudar de objectivo... não mudou o segredo [passou].não fugiu o amor [ficou].
construir o livro, construir as palavras...ficou o mito.
desperdicio de palavras, desperdicio de sentimentos, desperdicio de segredo. desperdicio.

a agua ultrapassava já a banheira.as palavras, no chão, iam-se afogando.não podiam amar essas.não podiam. iam-se afogando. e o lápis que as escrevia.
e o segredo?devia afogar-se?

o corpo, na banheira, deixava cair a cabeça. devia afogar-se o segredo?
a água cobria lentamente cada pedaço do seu rosto. devia?
debaixo de água, o pedido sufocado de quem que não podia amar. não podia?

o pedido afogou, a alma afogou, o segredo afogou!

terça-feira, 1 de maio de 2007

São bolas amarelas.
Galgantes e transponentes.
Sabem [a] algo.

Conjecturam. E profetizam. Erram.
Vêm desse lugar tão inefável e inebriante,
desenhado de maravilhoso e de sensação...
Esse cuja morada só eu sei.


Saltam em mim, sem propósito ou direcção.

Não passam de sumptuosas bolas amarelas.
Desordenadas, desgrenhadas. Petulantes, extasiantes!

Sem vontade reconhecida. Contusões de vida esmorecida.
Durante quanto tempo [des]esperei? Espavorecida, demorada a mim mesma.
Agarrei-me a não sei bem o quê.
E desse não sei o quê dinamaram as minhas bolas amarelas.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Resposta a Iogurte de Côco *.*

luz? queres luz?
eu posso dar-te um bocadinho da que me resta...não é muita, e por vezes perco-a não sei bem onde...mas é luz, e de vez em quando brilha, de levezinho, de mansinho....mas brilha!

luz? pedes luz?
ou anuncias apenas que não a tens? seja como for, posso tentar dar-te parte da minha luz...não ta dou toda porque senão ficava sem nenhuma e preciso de alguma para ver as outras luzes que brilham (outras luzes...tu...outra luz que brilha...tu!)

luz? dizes luz?
ou pedes antes um espelho?não é isso mesmo? dar-te luz ou dar-te um espelho é o mesmo... o que difere é a tua forma de vê-los...

luz?toma luz!
toma-te!agarra-te!sente-te!vive-te!

luz?está ali...já vês?

___________________________________

quanto à escuridão... pensa só na luz! =)

sábado, 28 de abril de 2007

Fazes pinturas de guerra,
que eu não sei apagar.
Pintas o Sol da cor da Terra,
e a Lua da cor do Mar.


[...]


Fazes pinturas de sonhos,
pintas o Sol na minha mao.
És mistura de vento e lama,
entre os luares perdidos no chão."


[...]


Faço pinturas de guerra,
que eu nao sei apagar.
E pinto a Lua da cor da Terra,
e o Sol da cor do Mar.


[...]


Faço pinturas de sonhos,
e pinto a Lua na tua mao.
Misturo o vento e a lama,
piso os luares perdidos no chão.





Mafalda veiga e Jorge Palma - Tatuagens



( Se ao menos passassem de sonhos...)

segunda-feira, 23 de abril de 2007

TRUP'EÇA-NTED ESEQ

saudade...
saudade antecipada
saudade melancólica
saudade que fez correr rios que há muito haviam esgotado.

compreendi.tarde,mas compreendi!
e, contudo, sei que ainda não entranhei tudo
ah...como é assustadoramente belo!

a música mais poderosa
as palavras mais bonitas...mais tristes!
tão pouco...mas tanto!
ficarão frases, sorrisos, toques
e sobretudo olhares
simples e fortificantes apertos
ficará a memória
pelo menos isso...a lembrança do que já pareceu amargo e agora sabe a doce!

doentio!aterrador..."fabuloso" como alguém disse!
sim.ficará.
humanos!transcendentes e abstractos !elevados em ser!
perigoso?sim!o limite do perigo!o limite da alma!não quero alcança-lo.e contudo parece inevitável.
ficam palavras, corações...ficam almas!
__________________________________


...ontem compreendi.ontem, Domingo, dia 21 de Abril de 2007,última apresentação da peça "Circuspeare", dos TRUP'EÇA, ao público, compreendi. Vi o que só vocês podem também ver. E agora que vi...PUM! Vai-se...
Obrigado por tudo o que me deram, foram a serão. [Eu sei que o texto tá mauzito mas enfim..é o que sinto.que não sei bem o que é... =)]


beijo em vocês todos pessoas especiais'

quinta-feira, 19 de abril de 2007




-vês?-disse ele.
-o quê?
-luz!olha a luz!
-que luz?
-aquela!ali!
-aquilo é luz?não pode ser.... procurei tantas vezes e aquilo nunca me pareceu luz.
-mas eu digo-te que é.já te vejo mais iluminada.
-são as tuas palavras que me iluminam.não aquilo que afirmas ser luz.
-as minhas palavras são aquela luz.
-são?
-são.
-então aquela luz sempre é luz.e contudo nem sei ao certo quem és.
-também não sei...só sei que brilho em ti.
-não sabes?como?
-da mesma forma que tu também não sabes.
-quem te disse que não sei?
-tu.dizes-me sempre.a mim e a todos.basta olhar-te.talvez não tenhas é dito a ti própria.
-talvez seja isso...mas agora já sei que não sei quem sou...que paradoxo estranho.
-não é não...raros são os que sabem quem são.
-muitos são os que afirmam saber.
-muitos são os que fingem saber...na realidade, ninguém sabe.já vês a luz?
-sim...muito débil, mas visível...parece bonita!
-é linda!
-mostra-me mais!quero ver...


e ele mostrou. teceu cada fracção de luz para ela...fez os seus olhos brilharem ainda mais...desta vez de expectativa, e não de temor. costurou-lhe cada palavra luzente, viva...ela própria já se sentia... e quando finalmente a luz parecia estar perto, grande,gigante...

afinal não era luz...não!oh não!não era de todo luz.era imagem falsa,fraca!feia...falsas palavras, falsas sensações...luz? ...a que mostrava a falta de força da sentença...e que sentença essa...a voz que antes lhe falava emudeceu...e ele começou, lentamente, a desvanecer-se em sonhos acordados.
______________________________

-vês?-disse ele...

sábado, 14 de abril de 2007

"I still got sand in my shoes"
[and i can´t shake the thought of ...]
Sobretudo presenciado!

deep breath and here it goes again

A mão sobre a mão.
A mão sobre o corpo.
A mão sobre a alma!

A mente que mente
[Falta de] Consciência...
O tempo engana sem sequer preocupar-se em dizer olá...

Não mais.
Não menos.
Não nada.

Não há nada.
Apenas um toque.
Ou nem isso...

Não há nada do outro lado.
Há deste!
Do outro não...

Ou talvez não haja deste sequer.
Quer este que haja?
Este quê ?

O meu lado?
O lado de outrém?
É sequer um lado?

Atraso de um toque,
que por isso já não é mágico,
que por isso se esquiva a um outro.
Sobretudo presenciado!

Toque...toques...
Que importa se foi mais que um?
A falta de sentimento neles foi a mesma...

Revelar meu lado secreto
nestas palavras enrodilhadas
como se de fios de lã se tratasse...
Não quero mais que escreve-las...e saber lê-las.

Toque?

A mão sobre a mão?
A mão sobre o corpo?
Não...a mão sobre a alma.

deep breath and here it goes

Ser-te quem sou
Não
Ser-te quem queres que seja
E que não sou...ou serei?

Já não sou quem quiseste que fosse
Já nem me sou nem a mim

Ser-me quem sou.
Contar-me.
Mil histórias de embalar
Mil histórias de [des]encantar
Mil memórias, mil canções
Sim...ser-me quem sou!
____________________________

Cantar sem melodia.
Hoje todas as melodias são vazias.

O piano não toca, não consigo pintar um quadro mágico.
A não ser aquele que rabisco naquilo a que chamaram mente [e eu minto]
____________________________

Fúria? Dragão?
Nem para ser dragão a alma cresce.
Contesto, protesto...revolução anti-não sei o quê!
E de resto?
Fica a manifestação ditatorial auto-censuradora.
E de resto?
Tem razão o ditado...arde sem se ver...mas queima.
_____________________________

Riso tresloucado..a metáfora mais acertada
Que se deitou no lado errado, que talvez nem seja um lado
Ou talvez apenas dita à pessoa errada.
____________________________

Amor? Qual amor?
Ver? Não há nada para ver.
Nada para amar.
Nada para sentir...
Talvez mesmo nada para ser.
____________________________

E dizia Gepeto que iría consertar a marioneta...

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Sweet dreams are only dreams!
Nothing more!
Nothing less!

domingo, 8 de abril de 2007

Natureza em França

Paris








































Estrasburgo





















"Doa a quem doer!"
Doeu-me a mim.
De volta do mundo das [des]ilusões (França).

domingo, 25 de março de 2007

Desgata o tempo a menina...desgata o tempo!
E foge dele.
Esconde a alma de si própria
com medo de se sujar.
É tudo tão grande...tudo tão gigante!
Abraçar o momento? Qual momento?
Momento?
Qual momento?
Perfeito?

Momento de aquilatar-me?
Momento de mutilar-me?
Ou simplesmente momento de viver a preto e branco?

quinta-feira, 22 de março de 2007




Parar!
No tempo, no lugar, na minha concepção fantasiada, inventiva, de realidade ideal, que não passa de uma obtusa forma de mentir a mim mesma, de me fazer acreditar...

Parar!

De sentir,de saber...de querer saber. [Re]parar em mim. Parar para procurar-me onde me acho perdida. Chamar por mim. E ouço a minha voz. Só não a sigo. Ecoa... Não a sigo. Vou por onde não sei ou não devia ir...perco-me mais um pouquinho. Só mais um pouquinho... Afinal sonhar faz-me esquecer-me de que me perdi.

"Mas faz também esqueceres-te de te procurares"- ouço a minha voz. Mas não a sigo. Passo ao lado. Ando por onde não sei andar. Perco-me por onde não me sei perder. Falo o que não sei falar. Falo?


Parar.
Parar? Parei?

segunda-feira, 19 de março de 2007



Olhaste?

Olhei?


Sou ainda criança inexperiente que quer saltar o berço!
Mas quem salta o berço cai.
Não sei já se caí ou se quis acreditar ter caído e que não podia cair mais.
Não sei se olhei, se me fiz olhar.
Devaneio.
Sim,devaneio.Quimera,sonho,ilusão...
...fantasia absurda!
Pequena.
Não chego a tudo.Não chego.
Nem chego nem a mim...
Talvez por isso vá por onde a sombra me envolva e me oculte
e não saibam encontrar-me.
Deixo pensamentos em toda a parte...estou nos sítios por onde passei,ainda que não me sintam...deixei lá partes de mim...pensamentos,sobretudo.E algumas sensações.
Eu caíria...e fecharia os olhos. Flutuaría.
Bastava...

domingo, 18 de março de 2007

Ela vê.me!



Nem toda a falta de inspiração do mundo me tira a vontade de escrever isto!

Sim, Inês Macedo, chegou a minha vez de te escrever! Porque tu me sabes ler, e eu tb te sei ler! E gosto que nos saibamos ler. E quero ler-te p'ra sempre.... sem nunca esquecer, claro, as batatas fritas de presunto e o sofãsinho azul, que connosco teve já tantos encontros....e o homem que até parecia verdadeiro...
Quero ter momentos especiais contigo p'ra sempre.Aprendi a ver a vida de forma diferente contigo. E a sorrir mais!
Obrigada por seres quem és e por ajudares a fazer-me quem sou! AMO.TE!!




[e depois eu respondo: Oh Inês! Come chocolate aos quilos e continua a ir ao mabri!! =D]*
<3<3

sexta-feira, 16 de março de 2007

OH NÃO!! JÁ NÃO SEI POSTAR!!

PARA BEM DESTE BLOG E PARA QUE NÃO PERCA 50 % DOS SEUS LEITORES (O QUE CORRESPONDE A CERCA DE 2,3 PESSOAS),AGRADECE-SE O APOIO E AJUDA COM INSPIRAÇÃO, PARA QUE O ADMINISTRADOR DEIXE DE ESCREVER POSTS TÃO POUCO ELABORADOS!

VÁ LÁ.PESSOAL! AJUDEM A COMBATER A MINHA FRUSTRAÇÃO POR NÃO SABER O QUE ESCREVER....PARA DICAS, DEIXEM SOB A FORMA DE COMENTÁRIO OU CONTACTEM-ME ATRAVÉS DO MAIL!



[acho que pertenço à casta de aleijões e pedintes que António Lobo Antunes (Inês, acho que sabes porque decorei este nome...) refere na sua crónica sobre semáforos].



biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii*


beijo em todos*

Vejo?

Dizes-me que vejo?

Ver o quê?

O que há para ver?

Nada!

Nada no espelho!

Sim,nada!

Sou eu!

Não aceitas?

^

Não!

Não vejo!

Insistes que sim?

Se calhar só não quero ver!

^

Vejo?

Vejo bolas e bolas à minha volta

e voo nelas a tentar encontrar a certa.

Mas volto sempre ao mesmo sítio!

São bolas!

Redondas!

E ando em círculos!

Ven - da - da!

Des - bo - ta - da!

Des - fo - ca - da!

Sus - pen - sa!


^

Vejo?

^

Vês?

quinta-feira, 15 de março de 2007

What if i carry (me) on?


E se eu (me) carregar?E (me) aguentar?
Levar(-me) até cair?
E bater com a cara no chão,
continuando a sentir ainda o peso nas minhas costas,
podendo não mais ter força ou vontade de levantar?
E se eu (me) deixar ir?
E (me) ignorar?
Continua a crescer...mas eu só vou saber quando tiver ganho corpo,e talvez força própria..
Saberei aguentar(-me) ainda?
Ou deixar(-me-)ei cair?
Suportar(-me-)ei?
Suster(-me-)ei?

terça-feira, 13 de março de 2007

_^



até [nunca mais] ser
ficarei aqui
até [nunca mais] saber
até [nunca mais] rir

estática
à espera
até [nunca mais] me ver
até [nunca mais] tocar

cansada
esperar de outra forma
esperar?
só sei [nunca mais] sentir

mudei de casa (enquanto ainda a tenho)
mudei de rua, de mundo...
até [nunca mais] vir
até [nunca mais] sorrir [p'ra mim...e p'ra si!]

ainda vejo a casa onde morava ontem
a gravidade tenta arrastar-me
e levar-me de novo a ela
e eu arrisco não me deixar levar...NUNCA MAIS????

segunda-feira, 12 de março de 2007

Light?



Vai!
Ouves?
Sentes?
Queres?
Consegues?


Acho que não.
Digo-te que não.
Acreditas que não!


Vai!
Anda, vai!
Faz!

Fazes.
Desejas.
Queres!
Faço.
Desejo.
Quero!

Aconteceu...
E agora?
Ainda queres?
Ainda vês?
Alguma vez viste?
Alguma vez quiseste?

sábado, 10 de março de 2007



GRITO :

-berro

-brado

-bramido

-clamor

-exclamação

-guincho

-aulido

-estridor

-SILÊNCIO!

[grit]AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA[r] !!

dentro do quadrado disforme que me molda
os movimentos ganham forma própria
e [falta de] força própria

e dentro deste quadradinho que me molda
e que cada vez encolhe mais
vejo um quadradinho ainda mais pequeno
mais definido,mais regular

de tão pequenino passa a colossal
quadradinho desmedido que temo
porque comprime o quadrado pequeno maior que me molda.

quem dera o mundo ser a preto e branco..e cinzento!
assim estaria em concordância com ele.
não sou colorida, não para mim.

mas espero sempre que o quadradinho pequenino que vejo ganhe cor...
e quando a sua vida se intensifica, todos os julgamentos e promessas de não correr a ouvir a desafinada melodia que [não] canta são desprezados e voo ao seu chamamento, na esperança de que realmente chame por mim.
mas não..apenas profere o meu nome como resposta obrigatória ao meu apelo, sem intenção de o envolver e de o moldar de novo...

e enquanto me entretenho com rabiscos e gatafunhos,o quadradinho desaparece...e o quadrado que me faz cai ao chão..partido!desmoldei...

sexta-feira, 9 de março de 2007

Eu tenho um estrela que é minha
só minha
dísseram que era eu..mas é apenas a minha estrela
que está lá
quando me roubam o que ficou nos meus olhos,onde a noite entrou
e que a vida abafou!

Esmorecimento, desfalecimento do olhar vazio que agora apresento
Hoje foi a estrela que o avivou
queria alcança-la,tocá-la e abotoá-la a mim
prender a sua luz para que me alumiasse sempre
e podia ser que uma borboleta voasse em torno de mim
e a estrela se tornasse na minha luz de presença!
Mas não cheguei lá...estendi os braços,mas sou ainda muito pequenina!



LUZ DE PRESENÇA,OLHA P'RA MIM! CHEGUEI!


[3 ideias de frases a partir de Susana Félix: "ficou" e " luz de presença"]

quinta-feira, 8 de março de 2007

"Como à espera de um comboio na paragem de autocarro"
Sou eu!

quarta-feira, 7 de março de 2007

eu sonho taaantoo!!

Não há ninguém assim,como tu,
pessoa que eu inventei
Como débil forma de vida que sou!

Mil máscaras, uma só alma .
Andas por aí,mas não me contas onde.
Não me chamas.
Chamo antes eu por ti.
Mas só não foges da imaginação,
onde dançamos ao som de um voo, de aplausos à nossa viagem devaniada.

Espreito pela porta da concepção intelectual e espiritual na qual te concebi,
tentando achar o mapa que me leva a ti.
Silêncio.
Apenas uma suave luz de presença manifesta a ansiedade de viver!
Tu olhas-me...

Solta-se a dança....
Bate-me o vento... Levito!

Eu olho-te.
Bate-te o vento... Levitas!

Dançamos como nunca...sinto-te perto de mim.

Respiração.

Toque.


Mas não existes a não ser na estrada entre o destino e somente o destino!
Destino imaginado que vislumbro algures na minha falta de razão!

A dança fenece enquanto acordo!

terça-feira, 6 de março de 2007

xiii...hoje não tou inspirada!! valeu-ma a música da Ala dos Namorados que é bonita...

Não sei onde me perdi
Onde perdi a inspiração que tento agora reaver e reencarnar nas palavras que escrevo.
pergunto até que ponto poderá um mero texto sem sentimento revelar-me.
não passa,afinal, de uma consequência de um irrefutável desejo de ter o que escrever de uma louca, que hoje não sente o que escreve porque talvez não sinta de todo!

doce melodia a que me embala
e me oferece algo para aclamar
violinos...como adoro o som dos violinos!
e do piano que me engrandece...não estou já dentro de uma bola de sabão...agora eu sou a bola de sabão
e voo algures pelo eterno firmamento, onde sou como que empírica, experimentacional..passional!
sinto-me crua....despida de pensamentos..e de sentimentos
o texto morre
a vontade cresce, mas a falta de não sei quê inibe-a
e as palavras chegam, assim, ao fim!

Ala dos Namorados - Já sou Grande

Pai ouve o que eu já sei dizer
Não saias daí so lugar
A,b,c,d, ...Até ao fim
...Infinito!

Já sei decor todas as cores
Que puseram no arco-íris
1,2,3,4,5,6,7,
Que bonito!

Agora vou tirar
As mãos do volante
E vou pedalar pra outro lado
Pra te ver
Pra te ver
Pra te ver um pouco assustado

Afinal já sei quantos são
Os peixinhos todos do mar
São estes assim e mais muitos
E mais dois

Pai aquela bola é o Sol
E mais tarde a outra é a Lua
Mas agora ainda não está
Só depois

Agora fecha os olhos
E conta até 30
Que eu só quero esconder-me de ti
Pra te ver
Pra te ver
Pra te ver sozinho e sem mim

domingo, 4 de março de 2007

Gonna buy a new heart 'cause mine is frozen!

Congelou!
Sentiu e congelou!
demasiado frio, demasiada luz!
saudade do escuro, onde não via, não sabia
e sorria
saudade de saber deixar passar, deixar-me levar
Agora arrasto, apanhando pedaços danificados de plangência que rebolam e giram em torno dos meus devaneios e insanidades...
Melancolia banal sem qualquer vulgaridade
Banal em mim!
Engoli sem provar o desejo de viver
congelei sem prever o frio que daí adviria
As luzes fingiram brilhar p'ra mim
e eu pensei resplandecer!
Erro meu
Não sei tocar piano como quis
não me elevo conforme é meu desejo
minha vontade de voar não será saciada
não voarei em breve...
Talvez desista de sonhar por agora!
E decida viver dentro de uma bolha, como outrora aconteceu...

sábado, 3 de março de 2007

lines

Já não mora quase ninguém na minha cidade
cidade, aldeia,vila,ilha isolada!!
abandonada,triste,acabrunhada
uma cidade de mentira,de plástico....comprada numa loja barata
onde tudo é construído por um ser encolerizado e encruado!

Sou,portanto,peça de plástico,com defeito!



Não há caminho...

...não vejo luz nesta direcção
perdi a noção de que rumo sigo
já não sinto o chão que piso
já não piso chão
não me é permitido
Não posso pousar os pés e deixar cair o corpo
resta-me arrastá-lo,e continuar a andar sem chão...agarrando-me a toda a réstia de ilha e aguentar-me,sozinha,trepando pelas paredes da dor onde a linha do comboio muda continuamente o seu destino..e o fará descarrilar um dia... e todas as suas carruagens cairão no desfiladeiro sob o qual me encontro suspensa...


paixão perigosa,má,doentia...paixão que trago nos bolsos do figurino que uso abaixo da máscara...

a máscara....

vazia!

sem expressão!

puxaram-na!

e começa lentamente a descolar [small steps, little girl! small steps!]

e agora,quem a arrancou de mim exige vê-la novamente!

whatever [hidden poetry (post)]

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!

sexta-feira, 2 de março de 2007

Adão e Eva

-toma.prova-disse
-não!não quero!não posso!
-prova!sente-o!
-não!já disse que não!
-porquê?
-porque se provar quererei mais..e o pecado que trás não é doce! é amargo! não quero uma vida amarga!
-prometo-te que não será!!
-eu sei que será!
-eu provei e continuo doce!
-tu não és doce...és amargo!senão não pedirias que provasse!
-não sou amargo.sou apenas diferente.vejo o mundo de outra forma.se provares será assim para ti também.e gostarás do que vês!
-não!Adão não quero!
-preferes então manter-te na ignorância e não saber o que è viver?
-eu sei viver!!
-não sabes não!viver é arriscar e tu não arriscas sequer trincar uma maçã!vá prova!
Eva não quer,mas Adão insiste para que prove...e a tentação cresce ...contudo, sabe que se o fizer tornar-se-á pecadora, e passará a viver na sombra....mas Adão continua a insistir...
-vá,prova!eu prometo que estarei contigo sempre!não te deixarei sozinha!
-mas...
os olhos brilham de medo e de desejo! a mão dela levanta,e agarra a maçã com toda a sua força!leva-a à boca!olha uma vez mais para Adão, questionando-o com o olhar se deverá mesmo provar!
-coragem!sentirás novos prazeres,novas formas de ouvir a sinfonia que eleva os teus pés e te fortalece a alma...a dança que que te envolve a vida e a faz brilhar!
Eva olha a maçã de novo.trinca-a,sente o seu sabor...é doce!afinal é doce!olha Adão de novo...doce?
cai no chão.
ele observa-a, estendida, enquanto ri...."pobre ser que se julgava imortal...pobre alma...tanto procurou o doce, que o encontrou..e o doce dissaboreou-a.."
sorri com um olhar cruel e impiedoso....roubou a serenidade e a pureza da mais inocente das criaturas..e agora,olhando nos seus olhos tristes e ainda brilhantes, não sente pena alguma...
partiu para longe.naquele local ficou eternamente a marca da passagem da sua áspera sombra...refúgio de almas perdidas que procuram conforto num corpo moribundo e abandonado num local onde a solidão invade, e teima em ficar.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Vidros

o grito já se ouvia até pela alma glaciar mais distante
já se sentia, já arranhava...
sobre mim os vidros partidos de um telhado fraco, falso, caíam sem dó
cortando a camada de revestimento da alma, vulgarmente apelidado de pele, deixando a descoberto todos os segredos que ela guardava..
com os vidros, caíam também a chuva e os relâmpagos da tempestade que se formava, trespassando a alma, como que a a castigá-la por tê-los mantidos presos durante tanto tempo..
chovia na alma, que sangrava, cortada pelas lâminas afiadas de pedaços de vidro que sucumbiam à gravidade e à culpa,e caíam revelando a pouco e pouco um edíficio em ruínas...um ser condenado que apenas já só tinha força para levantar os braços ao céu e chamar deus,sendo ele quem quer que fosse,quem quer que quisesse ser....os gritos confundiam-se com a trovoada, e a música falhava, como se fosse tarde demais para tocar...
doía a chuva da alma, com a banda sonora a enfraquecer
mais um império sem imperador que ruía, pintado de escuro, de luz indefinida, onde a marcha da derrota se dava já como iniciada!
a parada da insignificância, que de tão insignificante ser se ía já desmachando...
com os vidros e a tempestade, começaram também as paredes a cair...
estendi os braços mais uma vez...
a avalanche soltou,rolou,envolveu, e congelou...
a muralha caíu...eu caí...e os meus vidros confundiram-se com os do telhado!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

sombra

sombra
ser que desenrola em mim
e abre o sono da memória
que prefere não lembrar
não vai parar até sentir
vai continuar a cair
alma cheia de abstraccionismo
coisa nenhuma é...pelo menos não palpável..não sentida
caça para ser procurada
porque o mais procurado é o criminoso
porque não cometer um crime?
vamos cometer um crime? vamos?
e depois fugimos
como meninos do infantário envergonhados depois de um beijinho inocente...
devo ir brincar com as asas da borboleta?
na esperança de que me leve a voar?
ou é o risco de ser picada demasiado elevado?
ando em círculos
à espera de ser sentida
mas a esfera é cada vez maior
e cada vez me afasto mais do centro
procuro o amanhecer entorpecido
onde me escondo nas sombras de ninguém
um ninguém como eu
que me torne num alguém
sou um pedaço de luz sem cor
ou cuja cor é confundida
não vista ou notada
é contigo se desistires?
é comigo se desistires?
é comigo se eu desistir?
desistir de quê?
vale a pena?
falo vago...falo sombra!
porque sou neste momento sombra dissolvida
no tempo que foge
e que não muda
CALA A MINHA VOZ MUDA!
TRÁS A QUE FALA O QUE QUER!
OUTRA QUE NÃO FALE SEM FALAR!
nem sei o que dizer
esperando no limite da mentira
onde a verdade tenta passar mas não sabe como
teme a linha da desmarcação de contacto
ou falta dele_________contacto vazio!
veneno choroso que provo sem chorar
carregando o mundo sem senti-lo
culpa sem remorço....culpa verde e imatura
culpa sem culpa...sem causa...sem coisa nenhuma!
culpa vazia!
não sabes que sabes como me fazer não sentir!
fiz-me minha para me deixar levar [magoar] outra vez
e agora espero fazer-me de outro alguém [ninguém]
que não deixe cair
que me sustente lá no alto enquanto voo

sonho viver nas nuvens! mas não tenho casa ainda...talvez possa construir uma pequenina!mesmo que ninguém vá morar comigo...já moro sozinha de vez em quando!talvez os pássaros me vão visitar...
falar com os pássaros...bons ouvintes!como a lua...que ouve sem ser preciso falar...e fala sem que se faça ouvir!
fotografia escura aquela onde [não] me vejo
onde me escondo dos olhares de quem a olha
os olhos passam sem ver
mas escondo na mesma
não vá alguém notar-me e atirar a minha moldura para onde nenhum olhar possa mais fingir que olha!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

100[0] sensações....

Não toquei no que me tocou
distraída que estava a tentar consertar-me
nem vi o que me tocava
só sei que me tocou forte
mas eu preferi consertar-me primeiro
e quando fui p'ra tocar
já tinha fugido
e como não soube consertar-me
nem consertei,nem toquei.


Fiquei assim....ou nem assim fiquei!!
Não sei como fiquei
não soube reparar-me
e estraguei mais
fiquei partida, estragada...descolei!!
e ainda não colei
tentei, mas colei tudo mal
e os pedaços descolados ficaram colados onde não deviam
e descolaram de novo
e eu parti de novo
como sempre...
Colo sempre errado e descolo sempre igual.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

hoje não mudou

não sei ler por dentro
e prevejo que o meu tempo não vai mudar
não sei acordar-me
a minha mão fraca e entorpecida não levanta
insiste em não dar a estalada da vida
estou viva outra vez
mas não acordada
pelo menos não desperta
ainda semi-durmo
ainda semi-sonho
ainda semi-canto
não sei tocar hoje
não sei ser
não sei sentir
e,apesar de hoje não saber
estou bem
ignorância é a raíz de todo o bem estar
quanto mais sei menos compreendo e menos quero saber
a vontade de saber morre
mas cresce
quero saber mais,muito mais
mas é uma vontade que enfraquece
porque sei que ao saber não vou querer saber


hoje o meu tempo não mudou
continuou a não passar

voou

quis guardá-lo para mim
e mostrá-lo só a quem o pudesse ver
ou a ninguém talvez
e por isso guardei
e apertei bem apertado nas minhas mãos
o segredo que queria sair e não podia
e escondia
nem a mim se revelava
ia sussurrando e dando pistas
e não revelava de que material era feito
nem o que sentia eu ao tocá-lo
ou sequer o que eu ouvia da sua boca que não era boca

não tinha noção de visão
de o ver em mim
contudo sabia que o escondia nas minhas mãos
mas não consegui abri-las
e continuavam cerradas
como punhos revoltados
que não queriam despertar
que dormiam para não sentir

o segredo ganhou forma
ganhou vida
vontade própria [sem vontade alguma de coisa qualquer]
e via-o escrito à minha volta
indecifrável
sem saber que estava tão patente em mim
marcado, tatuado na minha alma
a tatuagem era feia... e não definitiva
e como não era definitiva
um dia as mãos acordaram [ou foram acordadas]
e soltaram o segredo
e ele voou
ainda tentei apanhá-lo
mas desapareceu antes que conseguisse perguntar-lhe de que dor ou ansia era feito
sussurrou algo antes de partir...algo que não era nada ou coisa alguma

as mãos doíam
marcadas, dormentes...vivas!
sentiam abstracto
e já não conseguiam agarrar!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

[não]foi

o dia mais comprido dos ultimos
a noite mais bonita das ultimas [a unica em que reparei]
a meia Lua linda mais viva
a única que falou comigo das últimas
e me contou algo
algo que não soube descodificar
ficou a imagem..pode ser que um dia a aprenda


foi um dia mau
com um final bonito
ou talvez feio que eu prefira ver como bonito
não sei
hoje já quis dançar
mas optei por dormir...dormir para não pensar


foi um dia mau
que prefiro fingir que não foi
porque se calhar não foi...
dormi....e quando não dormi pensava em dormir
se calhar não foi...
porque um dia em que a alma dorme,mesmo quando a consciência acorda, se calhar não é
se calhar não foi...


e continua a não ser
então este post não é
e as restantes mensagens que escrevo numa janela de conversação não são
a música que ouço não é
a pessoa que fala comigo do outro lado não é
e se não for
então o que eu penso não é
mas a pessoa é
e eu também sou
e a banda sonora que acompanha a nossa conversa também é


por isso devemos ser
e este dia deve ter sido
e eu devo preferir que não fosse
mas deve ter sido
dia inútil
dia para dormir
vou dormir de novo...

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Homenagem a um arco-íris!!

Estive a ler o meu blog, posts e comentários, desde uns antiguinhos até a actualidade...e acho que chegou a altura de falar de alguém de quem ainda não tinha falado...

É uma pessoa especial, que tem sempre a paciência para cá vir e deixar a sua palavra, a sua marquinha, que eu adoro ler...

E apesar de nos conhecermos há pouco tempo, já a posso considerar uma amiga porque está lá....a pouco e pouco, a amizade crescerá mais e mais...e com ela a confiança...

Adoro quem encontro nela, e quem encontro na sua escrita!
Obrigada Dricas...porque me aceitaste e quiseste ver-me [ver mesmo, por dentro]!!
Não és bichinho...e,se fores, talvez uma borboleta colorida que voa e que não sabe ainda que o consegue fazer...que o está a fazer!!
Definitivamente gostava de ter um arco-íris para te dar, mas não tenho...ficam estes,que são lindos, para poderes sonhar....Beijinho em ti**






congelo

frio
sou fria
não aqueço
nem a mim
o meu toque é áspero
a minha voz é áspera
as minhas palavras mudas
não falo porque não sei falar...ou temo falar!
não faço porque não sei se quero fazer
porque temo fazer
os meus gestos são mudos
toda eu emudeço
toda eu congelo
toda eu sou fria!!


e quando falo
não se ouve
porque não me querem ouvir
porque temem ouvir-me...


congelo
congelam-me...

sonho....i'm still breathing

cresce,cresce,cresce dentro de mim
ganha voz
ganha corpo
ganha alma
sente
sente mais
com maior força
i'm a soldier....
got lost in my way home
but still i'm a soldier
respiro
hoje não sufoco
hoje viagei....dormi e viagei
e a dança dos sentidos tomou conta de mim
abraçou-me
lutou comigo, não contra mim
cavalgo sem cavalo
voo sem asas
ganho a força de mil homens
ganho a força de um dragão
e vou a voar até ao infinito da minha almofada
onde a dança dos sentidos continua a apoderar-se da minha alma e do meu corpo
onde a minha mente move ao som da música que ouço
estou quase....já me sinto!!

encontrei-me!
estou aqui
agora só tenho que me conhecer!

apodero-me de mim de novo
tento não me deixar cair
quero manter-me onde estou agora...
na minha almofada!!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

...mas és!


estás no papel

estás na caneta
estás onde estou

onde queria estar
onde finjo que estar

estranha forma de estar sem estar...

estás no que sinto
estás no meu outono

na minha primavera

estás na chuva,no vento,no mar

estás onde estou [psicologicamente]

onde queria estar [fisicamente]
estás onde te agarro

e não me foges

onde mentes e finges que não estás

mas estás

e só eu sei que estás

segredo de que estás

estás na mão que escreve neste momento

na mente que recorda agora

estás sempre

na rua mais triste

no jardim mais belo

no que cheiro

no que ouço

no que sinto

estás onde estou
onde quero que estejas

estás onde sonho que estás

estás sempre

estás aqui
estás em mim

apenas em mim

não na rua mais triste

não no jardim mais belo

não no papel

não na caneta

estás só em mim

não estás...

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Cuppycake

You're my Honeybunch, Sugarplum
Pumpy-umpy-umpkin,

You're my Sweetie Pie
You're my Cuppycake,

Gumdrop,Snoogums-Boogums,

You're the Apple of my Eye
And I love you so and I want you to know
That I'll always be right here
And I love to sing sweet songs to you
Because you are so dear



Quem sou eu para te salvar?
Se nem a mim me salvo?
Se a minha respiração já falha
e não consigo respirar por ti?
O meu coração não pode bater pelo teu
a minha voz não pode substituir a tua
não posso cantar por ti
a minha alma não pode sentir-se a tua...

Não queres agarrar a minha mão
não queres tocá-la
o meu toque é frio
gritas ao senti-lo
grito ao não sentir o teu
deixa-me ajudar-te
e levar-te daí...

escrevi

perco a vontade de falar,de sussurar...
perco a vontade de voar, de querer...
perco a vontade de ser!
deixo de sentir,de sussurrar
porque a minha voz não chega onde quero
escondo o suspiro que ainda me mostra
e fujo para longe do meu corpo
dos outros corpos que dançam à minha volta
escrevo uma carta a mim própria
mas não sei lê-la
então rasgo
e esqueço de mim
um dia mandarei notícias de novo....



Não queria ver
Não queria saber
Não queria sentir
Mas acenderam a luz
e demoraram a apagar
e eu senti
e fechei os olhos
porque não queria sentir mais.
então gritei o mais alto que conseguia para a apagarem
não apagavam
os meus olhos fechavam cada vez mais,com mais força
e eu continuava a gritar
não queria sentir
e gritei tanto
que a luz se apagou
restava eu
sozinha
no escuro
a conversar com os meus segredos
a ouvir o que tinham para me contar
adormeci com eles
e deixei os sonhos levarem-me....












mas eles não me quiseram levar....deixaram-
-me, com a luz apagada!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

porque sim!

Hoje foi um dia mau, péssimo, em que chovi muito!


Obrigada Jaime porque viste, perguntaste e ajudaste.
Obrigado Ricardo porque não usas guarda-chuva anti-mim!
Obrigado John porque....tu sabes ... mostraste a supremacia em ti de novo...."tudo se vai resolver".....e porque "aleijo" qd caio!


Sorrio porque já vejo luz!!

beijinho nas vossas buchechas**

talvez seja por isso que continuo a chover...

Eu vivo como a chuva
Caio,reergo-me,e evaporo
Enquanto caio alguns sentem
outros usam guarda chuva
há ainda aqueles que ficam em casa a ver e a achar bonito
mas quando já não há mais p'ra cair
eu levanto
e evaporo
desapareço
para os outros foi só mais um dia chuvoso


sou como a chuva
a tempestade está em mim
sou provocada pelo arrefecimento do ar na subida
arrefecimento da alma ao reerguer-se...
e passo,fui...


mas enquanto chovo,há quem me sinta
talvez seja por isso que continuo a chover...

Hoje Caíu

Hoje caíu....não prendi,e caíu....
mas não gritou
caíu pura e simplesmente
a máscara caíu
e ja não mente...hoje sente...

Caíu por tão pouco,e caíu por tanto...
caíu e quase partia...quase!
mas não falei
e não partiu
tentei falar,mas não falei
agora aperta mais a voz que cresce cá dentro
e não sai
aperta...um dia sairá sob a forma de explosão viva
e a máscara partir-se-á

mas hoje não partiu....parti eu,mas a máscara não partiu
caíu...e eu caí com ela....dói-me a cara de tanto bater no chão
de tanto acreditar e nunca ter visto tudo
de pensar que sim e ser não
de saber que é não e mentir a mim própria dizendo que é sim


dói-me a cara porque me bateram...
sem me tocarem,sem me falarem....
talvez seja isso que dói.....
proferirem palavras sem falar
baterem sem reparar

só me resta apanhar a máscara de novo
colocá-la outra vez,suavemente,levemente
porque ainda dói a cara que caíu
contenho a voz,chego a mão ao chão para a apanhar
o meu corpo cede
cai
agora toda eu estou no chão
procuro em mim força [vontade] para me levantar
ou para pegar na máscara
a minha mão sobre ela,ergue-se...aproxima-se...

já está
tenho máscara outra vez
presa com fios mais forte,mais resistentes
para que não caia novamente
já posso chorar de novo sem ninguém ver
e gritar sem ninguém ouvir!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Alma gémea! [amizade é mais que palavra]














Alma gémea é alguém que sabe o que quero e penso através de um olhar,alguém que me conhece melhor que eu mesma,que, bem ou mal,está sempre lá, e sabe mesmo que eu não diga.



Uma das formas de amar mais bonitas do mundo....a amizade é amor, é paixão! Eu amo-a! Sem ela não seria o que sou hoje e por isso quero escrever sobre a sua alma, que não imagina o quão imensa e linda é. Sei que me sabes, porque eu também te sei.... Quero que continuemos a saber-nos para sempre. Tens um brilho especial que ilumina e acho que sim,dependo dele!






Obrigada*