quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Há que saber aceitar a perda, e recomeçar e reconstruir cada pedacinho do nosso coração. Às vezes é preciso ir de viagem cá por dentro, explorar, e levar só o necessário. Aí percebemos que o necessário é a estabilidade, a força, a vontade de viver, de respirar, ser maior. E as nossas pessoas, quando as temos. Percebemos também quem nos é realmente importante, quem nos sente e quem sentimos. E muitas das vezes, aqueles que víamos como nossos, não o são. Decidimos então ir à luta. Quem quiser ir connosco, vem. Quem não quiser, um dia deixará de fazer falta. Eu demorei, mas fui à luta. À minha luta. E levei comigo, como armas, o amor, a força, e algo mais que não cheguei bem a perceber o que era. Compreendi que a minha escada tinha duas direcções: para baixo, e para cima. E por mais que o mundo me empurrasse para baixo, eu puxar-me-ía para cima. Degrau a degrau, devagar. Com alguns tropeções, algumas lágrimas pelo caminho. Mas escolhi subir, e agora quem tentasse sabotar a minha reconstrução, eu excluiria da minha bagagem.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Apenas texto.

Gosto de [te] dar amor, vida, pele, ar, música, sufoco, coração. De [te] fazer feliz, de [te] fazer rir, sorrir, chorar, sentir, sentir-me, sentir[es-te]-se amado, livre, leve, bem. Gosto de proteger, de mimar, de agarrar e não largar, e brincar, rir, gritar, sussurrar, respirar no pescoço e respirar na alma. Gosto de morder a pele e ver os olhos fecharem-se com o arrepio. Gosto de passar os dedos no [teu] cabelo e no [teu] corpo e senti-lo acordar para mim, e o [teu] coração a bater forte e a passar na minha pele, como se fosse(s) meu. Gosto de entrelaçar a minha mão na tua, e tornar-me parte de ti nesse momento. Nesse pequeno momento. Gosto das palavras, da tua vida, do teu amor, meu amor. Gosto do toque da tua alma ao envolver-se na minha, e dos nossos corpos a misturarem-se, sem saber qual é qual, quem é quem. Gosto quando o resto do mundo desaparece e ficas só tu e eu. Comigo, contigo. Gosto de dizer-te "Fica Comigo". E de sentir, e dizer-te, que sou tua, só tua. Gosto do nosso amor. Gosto de ti. Gostava que estivesses aqui comigo, agora. Não posso viver de memórias, meu amor. Mas posso viver de sonhos. Pelo menos até que uma realidade nova me convença. Quando fecho os olhos, perco-me em ti e nem sabes quanto me toca o teu olhar, a tua voz, o teu cheiro, o teu riso. A tua presença, meu amor, a tua presença...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Coize.

“ Morder a orelha, morder o pescoço. Respirar por ti, para ti, em ti. Entregar-me e tomar-te como meu, tocar-te, entrar em ti, entrares em mim. Sentir o teu calor, sentir correr na pele o toque, a vontade, o bater do coração, e levar-te para longe daí - comigo para bem longe daí. Fazer-nos gritar de novo, que o nosso amor é maior e ninguém é grande que chegue para um dia apagá-lo. Somos só nós. Só eu e tu. São só… coisas. Coisas que viajam por aqui, por vezes… “

Sorriso, olhar, voz, toque, cheiro, pele.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Acto de estupidez.

Acto de sentir ( Fase Inicial – O Antes. 14.09.2007 )

Um sei o quê que varia. Um querer-te aqui e longe. Perto, muito perto, mas afasta-te. Não estou indecisa. Apenas não me deixas tomar a decisão que escolhi. E que dizes ansear.


"Um num não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê."



Fase Intermédia / Final ( 06.06.2008 ) :

Vontade, como se por momentos te vivesse outra vez. Gostava de poder tocar-te de novo. Daquela forma tão nossa. Gostava que te aproximasses de mim, daquela forma tão tua, com aquele olhar tão teu, com aquele teu saber deixar-me fraca, e aquele aproximar do teu beijo, onde quer que fosse, que me preenchia, que me fazia sentir-me quentinha e protegida. Só o aproximar da tua pele, do teu toque… só sentir a tua respiração perto do ouvido, do pescoço… Fazias-me fraca. Nunca ninguém me tinha feito assim, fraca. E, contudo, és tão menos forte que eu. Tenho vontade de nós. Aquela vontade nossa, que sabes como era. Aquele NÓS! Fazes-me falta. O nosso amor faz-me faça. Mas não me resta mais que aprender a viver com isso e seguir em frente. E é isso que vou fazer. "Há de haver um outro alguém."



Fim ( 29.06.2008 ) :

Eu amo-te. E contudo só me resta deixar-te ir, assistir à tua partida do lado de fora da tua vida. Vais ficar aqui guardado durante algum (talvez muito) tempo. Vou chorar por ti, vou adormecer e acordar contigo no peito em segredo. Foste quem mais me deu, mas também foste quem mais me tirou. E nós já não é uma opção que me pareça justa nem razoável considerar. Agora és tu no teu mundo, eu sem parte do meu. Separados, duas pessoas. Acabou. E eu aceito o fim. Só me resta deixar de senti-lo. Deixar de sentir-te. Ligar-me a outras pessoas, a outros mundos, e esperar que o tempo trate do que tem a tratar. Hoje não tenho força para tratar eu disso.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Viver com a tua ausência é deixar morrer uma parte de mim. Hei-de aprender.