sexta-feira, 4 de junho de 2010

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Lembrei-me daqueles dias em que andava pela rua e todos os locais para onde olhava me lembravam de ti. O teu cheiro estava em tudo, como se as ruas me quisessem obrigar a ter-te sempre presente, a sentir-te em todo o lado. Era quase tortura, de tanto que doía pela saudade. E o limite entre o quase e o ser tortura estabelecia-se no amor que sentia, e em tudo o que me tinhas dado, ainda que há muito tempo atrás (talvez nem tanto, mas parecia muito ). E então eu ia passeando e vendo-te em todo o lado. Alturas houve (muito poucas, mas houve) em que propositadamente ia às tuas ruas, procurando conforto na sensação de proximidade que me traziam. E ao fim de tanto tempo, agora encontro conforto em ti do resto do mundo. Mas tu só vês o resto do mundo.