domingo, 25 de março de 2007
quinta-feira, 22 de março de 2007
Parar!
De sentir,de saber...de querer saber. [Re]parar em mim. Parar para procurar-me onde me acho perdida. Chamar por mim. E ouço a minha voz. Só não a sigo. Ecoa... Não a sigo. Vou por onde não sei ou não devia ir...perco-me mais um pouquinho. Só mais um pouquinho... Afinal sonhar faz-me esquecer-me de que me perdi.
"Mas faz também esqueceres-te de te procurares"- ouço a minha voz. Mas não a sigo. Passo ao lado. Ando por onde não sei andar. Perco-me por onde não me sei perder. Falo o que não sei falar. Falo?
Parar.
Parar? Parei?
segunda-feira, 19 de março de 2007
Olhaste?
Olhei?
domingo, 18 de março de 2007
Ela vê.me!
Sim, Inês Macedo, chegou a minha vez de te escrever! Porque tu me sabes ler, e eu tb te sei ler! E gosto que nos saibamos ler. E quero ler-te p'ra sempre.... sem nunca esquecer, claro, as batatas fritas de presunto e o sofãsinho azul, que connosco teve já tantos encontros....e o homem que até parecia verdadeiro...
sexta-feira, 16 de março de 2007
OH NÃO!! JÁ NÃO SEI POSTAR!!
VÁ LÁ.PESSOAL! AJUDEM A COMBATER A MINHA FRUSTRAÇÃO POR NÃO SABER O QUE ESCREVER....PARA DICAS, DEIXEM SOB A FORMA DE COMENTÁRIO OU CONTACTEM-ME ATRAVÉS DO MAIL!
[acho que pertenço à casta de aleijões e pedintes que António Lobo Antunes (Inês, acho que sabes porque decorei este nome...) refere na sua crónica sobre semáforos].
biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii*
beijo em todos*
Vejo?
Dizes-me que vejo?
Ver o quê?
O que há para ver?
Nada!
Nada no espelho!
Sim,nada!
Sou eu!
Não aceitas?
^
Não!
Não vejo!
Insistes que sim?
Se calhar só não quero ver!
^
Vejo?
Vejo bolas e bolas à minha volta
e voo nelas a tentar encontrar a certa.
Mas volto sempre ao mesmo sítio!
São bolas!
Redondas!
E ando em círculos!
Ven - da - da!
Des - bo - ta - da!
Des - fo - ca - da!
Sus - pen - sa!
^
Vejo?
^
Vês?
quinta-feira, 15 de março de 2007
What if i carry (me) on?
terça-feira, 13 de março de 2007
_^
ficarei aqui
até [nunca mais] saber
até [nunca mais] rir
estática
à espera
até [nunca mais] me ver
até [nunca mais] tocar
cansada
esperar de outra forma
esperar?
só sei [nunca mais] sentir
mudei de casa (enquanto ainda a tenho)
mudei de rua, de mundo...
até [nunca mais] vir
até [nunca mais] sorrir [p'ra mim...e p'ra si!]
ainda vejo a casa onde morava ontem
a gravidade tenta arrastar-me
e levar-me de novo a ela
e eu arrisco não me deixar levar...NUNCA MAIS????
segunda-feira, 12 de março de 2007
Light?
Desejo.
sábado, 10 de março de 2007
[grit]AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA[r] !!
os movimentos ganham forma própria
e [falta de] força própria
e dentro deste quadradinho que me molda
e que cada vez encolhe mais
vejo um quadradinho ainda mais pequeno
mais definido,mais regular
de tão pequenino passa a colossal
quadradinho desmedido que temo
porque comprime o quadrado pequeno maior que me molda.
quem dera o mundo ser a preto e branco..e cinzento!
assim estaria em concordância com ele.
não sou colorida, não para mim.
mas espero sempre que o quadradinho pequenino que vejo ganhe cor...
e quando a sua vida se intensifica, todos os julgamentos e promessas de não correr a ouvir a desafinada melodia que [não] canta são desprezados e voo ao seu chamamento, na esperança de que realmente chame por mim.
mas não..apenas profere o meu nome como resposta obrigatória ao meu apelo, sem intenção de o envolver e de o moldar de novo...
e enquanto me entretenho com rabiscos e gatafunhos,o quadradinho desaparece...e o quadrado que me faz cai ao chão..partido!desmoldei...
sexta-feira, 9 de março de 2007
só minha
dísseram que era eu..mas é apenas a minha estrela
que está lá
quando me roubam o que ficou nos meus olhos,onde a noite entrou
e que a vida abafou!
Esmorecimento, desfalecimento do olhar vazio que agora apresento
Hoje foi a estrela que o avivou
queria alcança-la,tocá-la e abotoá-la a mim
prender a sua luz para que me alumiasse sempre
e podia ser que uma borboleta voasse em torno de mim
e a estrela se tornasse na minha luz de presença!
Mas não cheguei lá...estendi os braços,mas sou ainda muito pequenina!
LUZ DE PRESENÇA,OLHA P'RA MIM! CHEGUEI!
[3 ideias de frases a partir de Susana Félix: "ficou" e " luz de presença"]
quarta-feira, 7 de março de 2007
eu sonho taaantoo!!
pessoa que eu inventei
Como débil forma de vida que sou!
Mil máscaras, uma só alma .
Andas por aí,mas não me contas onde.
Não me chamas.
Chamo antes eu por ti.
Mas só não foges da imaginação,
onde dançamos ao som de um voo, de aplausos à nossa viagem devaniada.
Espreito pela porta da concepção intelectual e espiritual na qual te concebi,
tentando achar o mapa que me leva a ti.
Silêncio.
Apenas uma suave luz de presença manifesta a ansiedade de viver!
Tu olhas-me...
Solta-se a dança....
Bate-me o vento... Levito!
Eu olho-te.
Bate-te o vento... Levitas!
Dançamos como nunca...sinto-te perto de mim.
Respiração.
Toque.
Mas não existes a não ser na estrada entre o destino e somente o destino!
Destino imaginado que vislumbro algures na minha falta de razão!
A dança fenece enquanto acordo!
terça-feira, 6 de março de 2007
xiii...hoje não tou inspirada!! valeu-ma a música da Ala dos Namorados que é bonita...
Onde perdi a inspiração que tento agora reaver e reencarnar nas palavras que escrevo.
pergunto até que ponto poderá um mero texto sem sentimento revelar-me.
não passa,afinal, de uma consequência de um irrefutável desejo de ter o que escrever de uma louca, que hoje não sente o que escreve porque talvez não sinta de todo!
doce melodia a que me embala
e me oferece algo para aclamar
violinos...como adoro o som dos violinos!
e do piano que me engrandece...não estou já dentro de uma bola de sabão...agora eu sou a bola de sabão
e voo algures pelo eterno firmamento, onde sou como que empírica, experimentacional..passional!
sinto-me crua....despida de pensamentos..e de sentimentos
o texto morre
a vontade cresce, mas a falta de não sei quê inibe-a
e as palavras chegam, assim, ao fim!
Ala dos Namorados - Já sou Grande
Não saias daí so lugar
A,b,c,d, ...Até ao fim
...Infinito!
Já sei decor todas as cores
Que puseram no arco-íris
1,2,3,4,5,6,7,
Que bonito!
Agora vou tirar
As mãos do volante
E vou pedalar pra outro lado
Pra te ver
Pra te ver
Pra te ver um pouco assustado
Afinal já sei quantos são
Os peixinhos todos do mar
São estes assim e mais muitos
E mais dois
Pai aquela bola é o Sol
E mais tarde a outra é a Lua
Mas agora ainda não está
Só depois
Agora fecha os olhos
E conta até 30
Que eu só quero esconder-me de ti
Pra te ver
Pra te ver
Pra te ver sozinho e sem mim
domingo, 4 de março de 2007
Gonna buy a new heart 'cause mine is frozen!
sábado, 3 de março de 2007
lines
Já não mora quase ninguém na minha cidade
cidade, aldeia,vila,ilha isolada!!
abandonada,triste,acabrunhada
uma cidade de mentira,de plástico....comprada numa loja barata
onde tudo é construído por um ser encolerizado e encruado!
Sou,portanto,peça de plástico,com defeito!
Não há caminho...
...não vejo luz nesta direcção
perdi a noção de que rumo sigo
já não sinto o chão que piso
já não piso chão
não me é permitido
Não posso pousar os pés e deixar cair o corpo
resta-me arrastá-lo,e continuar a andar sem chão...agarrando-me a toda a réstia de ilha e aguentar-me,sozinha,trepando pelas paredes da dor onde a linha do comboio muda continuamente o seu destino..e o fará descarrilar um dia... e todas as suas carruagens cairão no desfiladeiro sob o qual me encontro suspensa...
paixão perigosa,má,doentia...paixão que trago nos bolsos do figurino que uso abaixo da máscara...
a máscara....
vazia!
sem expressão!
puxaram-na!
e começa lentamente a descolar [small steps, little girl! small steps!]
e agora,quem a arrancou de mim exige vê-la novamente!
whatever [hidden poetry (post)]
sexta-feira, 2 de março de 2007
Adão e Eva
-não!não quero!não posso!
-prova!sente-o!
-não!já disse que não!
-porquê?
-porque se provar quererei mais..e o pecado que trás não é doce! é amargo! não quero uma vida amarga!
-prometo-te que não será!!
-eu sei que será!
-eu provei e continuo doce!
-tu não és doce...és amargo!senão não pedirias que provasse!
-não sou amargo.sou apenas diferente.vejo o mundo de outra forma.se provares será assim para ti também.e gostarás do que vês!
-não!Adão não quero!
-preferes então manter-te na ignorância e não saber o que è viver?
-eu sei viver!!
-não sabes não!viver é arriscar e tu não arriscas sequer trincar uma maçã!vá prova!
Eva não quer,mas Adão insiste para que prove...e a tentação cresce ...contudo, sabe que se o fizer tornar-se-á pecadora, e passará a viver na sombra....mas Adão continua a insistir...
-vá,prova!eu prometo que estarei contigo sempre!não te deixarei sozinha!
-mas...
os olhos brilham de medo e de desejo! a mão dela levanta,e agarra a maçã com toda a sua força!leva-a à boca!olha uma vez mais para Adão, questionando-o com o olhar se deverá mesmo provar!
-coragem!sentirás novos prazeres,novas formas de ouvir a sinfonia que eleva os teus pés e te fortalece a alma...a dança que que te envolve a vida e a faz brilhar!
Eva olha a maçã de novo.trinca-a,sente o seu sabor...é doce!afinal é doce!olha Adão de novo...doce?
cai no chão.
ele observa-a, estendida, enquanto ri...."pobre ser que se julgava imortal...pobre alma...tanto procurou o doce, que o encontrou..e o doce dissaboreou-a.."
sorri com um olhar cruel e impiedoso....roubou a serenidade e a pureza da mais inocente das criaturas..e agora,olhando nos seus olhos tristes e ainda brilhantes, não sente pena alguma...
partiu para longe.naquele local ficou eternamente a marca da passagem da sua áspera sombra...refúgio de almas perdidas que procuram conforto num corpo moribundo e abandonado num local onde a solidão invade, e teima em ficar.
quinta-feira, 1 de março de 2007
Vidros
já se sentia, já arranhava...
sobre mim os vidros partidos de um telhado fraco, falso, caíam sem dó
cortando a camada de revestimento da alma, vulgarmente apelidado de pele, deixando a descoberto todos os segredos que ela guardava..
com os vidros, caíam também a chuva e os relâmpagos da tempestade que se formava, trespassando a alma, como que a a castigá-la por tê-los mantidos presos durante tanto tempo..
chovia na alma, que sangrava, cortada pelas lâminas afiadas de pedaços de vidro que sucumbiam à gravidade e à culpa,e caíam revelando a pouco e pouco um edíficio em ruínas...um ser condenado que apenas já só tinha força para levantar os braços ao céu e chamar deus,sendo ele quem quer que fosse,quem quer que quisesse ser....os gritos confundiam-se com a trovoada, e a música falhava, como se fosse tarde demais para tocar...
doía a chuva da alma, com a banda sonora a enfraquecer
mais um império sem imperador que ruía, pintado de escuro, de luz indefinida, onde a marcha da derrota se dava já como iniciada!
a parada da insignificância, que de tão insignificante ser se ía já desmachando...
com os vidros e a tempestade, começaram também as paredes a cair...
estendi os braços mais uma vez...
a avalanche soltou,rolou,envolveu, e congelou...
a muralha caíu...eu caí...e os meus vidros confundiram-se com os do telhado!