Acto de sentir ( Fase Inicial – O Antes. 14.09.2007 )
Um sei o quê que varia. Um querer-te aqui e longe. Perto, muito perto, mas afasta-te. Não estou indecisa. Apenas não me deixas tomar a decisão que escolhi. E que dizes ansear.
"Um num não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê."
Fase Intermédia / Final ( 06.06.2008 ) :
Vontade, como se por momentos te vivesse outra vez. Gostava de poder tocar-te de novo. Daquela forma tão nossa. Gostava que te aproximasses de mim, daquela forma tão tua, com aquele olhar tão teu, com aquele teu saber deixar-me fraca, e aquele aproximar do teu beijo, onde quer que fosse, que me preenchia, que me fazia sentir-me quentinha e protegida. Só o aproximar da tua pele, do teu toque… só sentir a tua respiração perto do ouvido, do pescoço… Fazias-me fraca. Nunca ninguém me tinha feito assim, fraca. E, contudo, és tão menos forte que eu. Tenho vontade de nós. Aquela vontade nossa, que sabes como era. Aquele NÓS! Fazes-me falta. O nosso amor faz-me faça. Mas não me resta mais que aprender a viver com isso e seguir em frente. E é isso que vou fazer. "Há de haver um outro alguém."
Fim ( 29.06.2008 ) :
Eu amo-te. E contudo só me resta deixar-te ir, assistir à tua partida do lado de fora da tua vida. Vais ficar aqui guardado durante algum (talvez muito) tempo. Vou chorar por ti, vou adormecer e acordar contigo no peito em segredo. Foste quem mais me deu, mas também foste quem mais me tirou. E nós já não é uma opção que me pareça justa nem razoável considerar. Agora és tu no teu mundo, eu sem parte do meu. Separados, duas pessoas. Acabou. E eu aceito o fim. Só me resta deixar de senti-lo. Deixar de sentir-te. Ligar-me a outras pessoas, a outros mundos, e esperar que o tempo trate do que tem a tratar. Hoje não tenho força para tratar eu disso.